segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Chuva

Colunas

Pouca chuva e os produtores

No fim da semana passada, choveu com animação nesta região de  Minas Gerais, mas os estragos produzidos pela longa estiagem neste verão parecem irreversíveis. Para analisar os efeitos da escassez de chuva, representantes de sindicatos rurais do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba reuniram terça-feira passada em Uberaba para analisar as perdas já constatadas nas lavouras das duas regiões e viabilizar ações para enfrentar os prejuízos.
Após relato de produtores e de técnicos em agricultura, os dirigentes sindicais rurais elaboraram um documento com a descrição da situação e o enviaram aos governos Federal e ao Estadual com pedido de ajuda, principalmente, a prorrogação do pagamento das dívidas e a liberação de financiamento para o próximo plantio.
Os agricultores também pediram reformulação no seguro rural que, na atualidade, “segura o financiador e não o produtor”. Os prejuízos nas lavouras das regiões representadas em Uberaba vão de 20% a 50% conforme a região, afirmaram os produtores que compareceram ao encontro. O presidente do Sindicato Rural de Uberaba, Romeu Borges, disse ao “Jornal da Manhã” daquela cidade que “a chuva, neste ano, foi esparsa e não houve distribuição uniforme da água nas lavouras, principalmente no período de formação dos grãos e no tempo do plantio”.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Uberaba, “em algumas lavouras, a perda chegou a 70%”. E Romeu Borges concluiu: “Na maioria das lavouras anuais desta região, as perdas já foram avaliadas em 50%, mas só conheceremos a real situação do prejuízo depois das colheitas”. A preocupação atual dos agricultores do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, neste momento, é maior entre os que cultivam áreas irrigadas. Estes revelaram preocupação com a crise hídrica na região o que poderá levar as autoridades ambientais a proibir o uso de água para irrigar as plantações ainda neste ano.
Outras preocupações dos produtores são:  a baixa produção e a queda nos preços das commodities agrícolas no mercado internacional. Estas duas situações deixam os agricultores sem meios para liquidar as dívidas que contraíram para plantar as lavouras, principalmente, no Banco do Brasil. Todos esperam por financiamento para a safra de 2015 a 2016. Em Uberaba, os produtores rurais reunidos discutiram a adoção de medidas imediatas e de médio e longo prazos por parte do Governo Federal para que a produção agrícola no Brasil se mantenha ativa e possa continuar a influir positivamente no PIB nacional.

Fonte: Jornal O Correio Uberlândia

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