quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Dia do Cerrado

Alunos da rede pública participam de atividades do Dia do Cerrado

Publicado em: 11/09/2014 11:35:57 - Atualizado em: 11/09/2014 15:29:12
Com os olhinhos brilhando e atentos às explicações do instrutor, as crianças da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Maria Pacheco Rezende participaram, na manhã desta quinta-feira (11), no Parque Municipal Victório Siquierolli, de diversas atividades em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado. Também visitaram o parque, alunos da Escola Estadual do Bairro Cruzeiro do Sul e da Escola Estadual Antônio Thomaz Ferreira Rezende.
As atividades foram direcionadas de acordo com cada faixa etária. As crianças da pré-escola fizeram um tour pelo Museu da Biodiversidade, acompanhadas pelas professoras. A cada explicação as perguntas foram surgindo direcionadas para o instrutor, que em linguagem adaptada respondia a todas e explicava que os animais expostos tinham morrido e passado por um processo de conservação, e os que ainda estão na natureza lutam pela sobrevivência.
Uma das professoras da pré-escolar, Cláudia Bernardes de Almeida Rosa, disse que antes de levar os alunos ao parque houve uma preparação, mostrando os costumes de seis animais que estão em extinção. Durante o passeio no parque, Cláudia reforçou os ensinamentos, explicando que cada animal tem uma pele diferente, uns com pêlos, outros com carapaças e outros com penas. Para a aluna Júlia de Castro Aguiar Mota, de 5 anos, o passeio foi muito divertido. “Estou aprendendo tudo sobre natureza”, disse a garota, já preparada para o passeio ecológico, com um boné para proteger o rostinho.
As atividades direcionadas aos adolescentes das escolas estaduais foram acompanhadas por professores de Biologia, Geografia e Ciências. Além do passeio ecológico e a visita ao Museu de Biodiversidade, os alunos assistiram um documentário sobre o Cerrado e participaram de uma oficina de mandala, em que alguns alunos foram selecionados a partir do interesse e aptidão. Para a professora Célia Regina Mendes, coordenadora da Secretaria Municipal de Cultura e instrutora da oficina de mandala, a atividade tem o objetivo de valorizar e mostrar a importância e a riqueza que o Cerrado oferece. “A mandala é uma obra de arte que nos traz a espiritualidade, a roda da vida. Então, através da semente do Cerrado, eles [os alunos] podem produzir lindos trabalhos, obras de arte”, explica a professora.
Para Taynara Rosa Maçado de Oliveira, 17 anos, que escolheu participar da oficina e pretende multiplicar o conhecimento para outros colegas que não puderam vir, a preservação é uma preocupação que todos devem ter. “Temos que preservar senão, vai acabar mesmo. Achei muito interessante trabalhar com sementes que muitas vezes descartamos”, diz a aluna. Rose Alves, professora de Biologia de Taynara, conta que o conteúdo trabalhado na escola já abrange a questão ambiental, e que este semestre em específico os alunos estão aprendendo sobre os artrópodes, que são um filo de animais invertebrados, que possuem exoesqueleto rígido e vários pares de apêndices articulados (gafanhoto, aranha, centopeia, piolho-de-cobra). Algumas desses espécies estão expostas no Museu da Biodiversidade e puderam ser vistas durante a visita.
“A Secretaria de Meio Ambiente em parceria com a Secretaria de Cultura estão promovendo várias atividades educativas para conscientizar crianças e adolescentes da importância da flora e da fauna do Cerrado”, explica a secretária de Meio Ambiente, Thais Martins Fatureto.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km2, cerca de 22% do território nacional. A sua área contínua incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas. Neste espaço territorial encontram-se as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em um elevado potencial aquífero e favorece a sua biodiversidade.
Fonte: PMU

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